09 março 2023

DESPEDIDA DA PIM ANDRÉIA - LACY FLORES 2023

          O mundo se transforma cada vez mais rápido e a capacidade de acompanhar essas
mudanças varia conforme o desejo, disposição e os sonhos de cada um.

Você teve coragem acima do medo e enfrentou esses novos caminhos com muita determinação.

Não deveríamos esperar nada menos de alguém que esteve, durante muito tempo, próximo das inovações tecnológicas como se as conhecesse desde sempre.

Acredito fielmente, como todos aqui também, no seu conhecimento, vivência e interesse por tudo que ultrapassa nosso tempo.

Fico pensando em todas as novidades que você viu chegar. Quantas vezes elas vieram, nos assustaram, ensinaram, encantaram, despertaram sua luz no nosso trabalho e partiram e, com a mesma rapidez, virando passado.

Você viu inúmeros equipamentos e inovações que nem bem foram utilizadas e acabaram ficando para trás por outra delas, novinha em folha.

E essa capacidade de observar esse ciclo aguçou em você a vontade de estudar e saber mais sobre elas e suas potencialidades.

Investiu muito tempo e determinação, suor e lágrimas.

E agora está colhendo os frutos!

Saiba que você conquistou todos com seu coração e sorriso sempre aberto, com sua discrição e pró atividade.

Lançou sobre seus alunos, em suas equipes, o sonho e o desejo pela tecnologia e inovação.

Mas teve algo que você ensinou sem precisar falar uma palavra: A importância da curiosidade.

O quão importante é não ficar apenas esperando, mas ir atrás.

Ensinou a muitos deles muito mais do que simples conteúdos, mas vivências extraordinárias.

É um filme longo, que deve estar passando em sua cabeça agora.

Deixou sua marca nos seus colegas. Não seríamos os melhores sem você!

Saiba amiga, vamos sentir saudades.

O que nos mantém de cabeça erguida nessa despedida é que você nos deixa para alcançar novos caminhos e trilhar novas descobertas.

Vivenciar novos ciclos e oportunidades.

Muito obrigado amiga! Nunca esqueça de nós, pois não esqueceremos do você!

31 janeiro 2023

A armadilha da Nostalgia!

  Nossa vida é uma construção contínua de passado. 
 Por vezes, construímos nossa passagem com um presente feliz, realizado e muito encantador! Essa construção se dá por pessoas, lugares, situações e sentimentos momentâneos, que armazenam em nosso coração memórias de períodos que se tornam satisfatoriamente felizes.
  E aí está o perigo!
  O que aconteceu no passado edifica nosso presente e vislumbra o futuro.
  Porém...
  Na maioria das vezes o que foi construído não existe mais, pois se tratava de um conjunto de "coisas".
  Não apenas um lugar ou uma rotina. Um conjunto de lugares e rotinas com pessoas e envolvimentos que foram desconstruídos com o passar do tempo.
  E não estamos falando de décadas ou séculos.
  O passado se desconstrói em dias, minutos ou segundos. Basta modificar apenas uma variável.
  E aí que nosso cérebro nos prega uma peça enorme.
  Quando passamos por alguma situação que remonta esse tempo gostoso ele nos faz revivê-lo e, na maioria das vezes, acreditar que isso seria possível de reviver.
  Uma baita armadilha chamada "NOSTALGIA".
  Ela propriamente dita não prega peças. Quem se torna vilão é, novamente, nossa imaginação que, tão fidelizada à sensação de alegria e satisfação, crava em nós um eterno "quero voltar a esse tempo".
  Não que seja de todo ruim, mas viver de passado nos impede de criar novos caminhos e perspectivas.
  Podemos sim usar a nostalgia para celebrar o passado, mas construindo o presente.
  Essa prática faz com que consigamos construir nosso futuro com as memórias passadas e não apenas revivê-las sem um panorama completo, ou seja, sem compreender que aquele momento não existe mais e, muito provavelmente, não vai ser reconstruído, pois seu momento já passou.
  Cabe a cada um a construção de momentos nostálgicos a cada novo dia, a cada nova oportunidade!

Alberto Neto

14 abril 2022

Metodologias no Ensino de Matemática I: Resolução de problemas

 Para o sucesso no ensino de Matemática a humanidade tem desenvolvidos diversas metodologias, muitas delas ainda pouco exploradas pelos educadores. Abaixo vou deixar alguns fragmentos para o conhecimento dessas técnicas de ensino. Vale lembrar que esse artigo não tem como objetivo desenvolver um estudo científico mas colocar de forma mais simples possível esses procedimentos.

Resolução de Problemas

 Algo que é comum na vida de um professor de matemática: resolver problemas. Virou até um "clichê" da profissão!

 Mas, realmente, do que se trata a metodologia da resolução de problemas?

 Primeiro entende-se que nem tudo que é passado aos alunos é um PROBLEMA. Quando tem-se uma situação que pode ser resolvida de forma automática, rápida ou até com simples aplicações de regras matemáticas, isso não se trata de um PROBLEMA MATEMÁTICO, mas sim de um exercícios de fixação.

 Para que um exercício seja "elevado ao nível" de PROBLEMA, ele deve envolver um raciocínio lógico e exigir de quem o propõe a resolver a elaboração de um sistema de resolução.

Como se "RESOLVE" um PROBLEMA MATEMÁTICO?

 Quando um problema é proposto ele deve ser primeiramente interpretado, retirando assim todas as informações e as classificando quanto a sua utilidade.

 A segunda etapa é a formulação de uma estratégia de resolução, onde o aluno verifica quais são os cálculos e raciocínios envolvidos.

 Um terceiro passo é a execução! Após a análise e formulação da estratégia, parte-se para a prática: Resolver.

 A última etapa, e a dita "mais importante" é a análise dos resultados obtidos, onde o aluno verifica se sua estratégia foi corretamente elaborada e se a execução foi eficiente. É nesse momento que se apresentam os resultados!

 Interessante, não?

 Uma última coisa a destacar é que problemas matemáticos não necessariamente precisam conter números ou envolver fórmulas. Quando um jogo ou uma atividade demanda raciocínio e desenvolvimento de estratégias de resolução, se trata sim de um PROBLEMA MATEMÁTICO!

12 abril 2022

Metodologia certa é aquela que funciona!

 Me desculpem os teóricos, mas se existe uma coisa em que desacredito é em metodologias "corretas" no ensino, seja qualquer disciplina que for.

  Minha filosofia quanto professor é aquela que afirma:

Metodologia certa é aquela que funciona!

 E não é a que funcionou uma vez só, nem a inventada por último,
muito menos aquela praticada à mais de 50 anos. Metodologia correta é aquela que funciona numa turma específica ou até em um único aluno.

 Um exemplo: As novas tendências do ensino de matemática falam sobre a importância de se dar significado à TABUADA, e não somente sobrá-la decorada, na forma tradicional.

 Sim, concordo! Sou favorável do desenvolvimento da tabuada e no cálculo nos "dedos", do que na "DECOREBA".

 Mas existem situações em que o método tradicional, através da repetição e cobrança, funciona. E é exatamente por isso que não deve ser abandonada totalmente só por novas linhas de tendência metodológicas.


 Podemos manter sim um ensino tradicional, no quadro e caderno, se a turma estiver respondendo bem aos estímulos dados de forma tradicional, da mesma forma que podemos também nos aventurar pelas novas tecnologias e métodos, arriscar-se ao uso do telefone celular e dos aplicativos.

 Mas tudo isso só será válido se houver APRENDIZADO!

Esse é o resultado do nosso trabalho!

 Nada vale mais a pena do que garantir uma aprendizagem de qualidade, seja de forma tradicional ou de forma contemporânea e tecnológica.

 Então, qual seu estilo? Se arrisca ou Mantém-se no tradicional? O que funciona para você?

04 março 2022

Infelizmente não há alguém pra culpar: A matemática não foi inventada por ninguém!

Ta aí uma grande decepção dos meus alunos quando respondo a grande questão: 

  Quem inventou a matemática!?!?

 Normalmente eles fazem essa pergunta quando estão muito revoltados, e não é por menos! São milênios de estudos matemáticos e desenvolvimento de teorias sobre contagem, estatística, álgebra, geometria, enfim, uma infinidade de vertentes que o aluno deve aprender na sua formação básica.
  
  E, ao responder que a matemática não foi inventada do nada eles ficam com um sentimento de tristeza, pois não há um indivíduo ou um grupo a que possam culpar.

Ela foi desenvolvida por necessidade e é aprimorada a cada novo desafio. Isso acontece desde que a humanidade, em seus povos primitivos, deixou de ser nômade para se assentar em apenas um território e fazer dele seu lar.

Existe um pequeno histórico que gosto de passar aos alunos, principalmente aos do magistério e do 6º ano, que conta um pouco sobre esse princípio. Nada muito científico, algo mais lúdico, que representa o princípio de todo esse mundo chamado MATEMÁTICA:

"Como surgiu a ideia de número?

(retirado do material da professora Neusa Aparecida Rigo Fabro)

Quando enfrentamos situações em que queremos saber "quantos", a nossa primeira atitude é contar. Imagine agora se você não soubesse contar, imagine a tua vida sem os números. Será que seria difícil de viver sem usá-los?

Mas para os homens que viveram há milhares de anos. As coisas não eram tão fáceis assim. Eles não conheciam os números, e nem sabiam contar. Então como surgiram os números? Para responder esta pergunta precisamos ter a ideia de como é que esses homens viviam, e quais eram a suas principais necessidades.

Há muito tempo, muito tempo atrás, o homem vivia em pequenos grupos, morando em grutas e cavernas para se esconder dos animais selvagens e proteger-se da chuva, do frio, dos perigos... Os caçadores para registrar os animais mortos numa caçada, se limitavam a fazer marcas em varas ou ossos de animais mortos. Naquela época, o homem se alimentava daquilo que a natureza oferecia: caça, frutos, raízes, sementes, mel, ovos...

Quando descobriu o fogo, aprendeu a cozinhar os alimentos e a proteger-se melhor contra o frio e dos animais. A escrita ainda não tinha sido criada. Para contar, e como já havia citado anteriormente, o homem fazia riscos num pedaço de madeira ou em ossos de animais. Um pescador, por exemplo, costumava levar consigo um osso de lobo. A cada peixe que conseguia tirar da água, fazia um risco no osso.

No entanto, este modo de vida foi-se modificando pouco a pouco. A procura de alimento suficiente para todos os membros de um grupo, tornava-se cada vez mais difícil à medida que a população aumentava, e a caça ia terminando. O Homem começou então a procurar, formas mais seguras e mais eficientes de atender às suas necessidades.

Foi então que, há cerca de 10.000 anos atrás, começou a cultivar plantas e criar animais, surgindo assim a agricultura, e o pastoreio (criação de animais). Os pastores de ovelhas tinham necessidades de controlar os rebanhos, precisavam saber se não faltavam ovelhas. 

  Como os pastores poderiam saber, se alguma ovelha se perdera ou, se outras se tinham juntado ao rebanho? Alguns vestígios indicam que os pastores faziam o controle de seu rebanho usando conjuntos de pedras. Ao soltar as ovelhas, o pastor separava uma pedra para cada animal que passava e guardava o monte de pedras. Quando os animais voltavam, o pastor retirava do monte uma pedra para cada ovelha que passava. 

Se Sobrassem pedras, era certo que tinha perdido ovelhas. Se faltassem pedras, saberia que o rebanho tinha aumentado.

Desta forma os pastores mantinham tudo sob controle. Uma ligação do tipo: para cada ovelha, uma pedra chama-se, em Matemática, correspondência um a um.

Fazer uma correspondência um a um é associar, a cada objeto de uma coleção um objeto de outra coleção. Como se vê, o Homem resolveu os seus primeiros problemas de cálculo usando a correspondência um a um. A correspondência um a um foi um dos passos decisivos para o surgimento da noção de número. Afinal, alguma coisa em comum existia entre o monte de pedras e o grupo de ovelhas: se a quantidade de pedras correspondia exatamente à quantidade de ovelhas, esses dois conjuntos tinham uma propriedade comum: o número de ovelhas ou pedras.

Mas, provavelmente o Homem não usou somente pedras para fazer correspondência um a um. É muito provável que ele tenha utilizado qualquer coisa que estivesse bem à mão (ossos, galhos, gravetos...) e nada estava mais à mão do que seus próprios dedos. Esse pastor jamais poderia imaginar que, milhares de anos mais tarde, haveria um ramo na Matemática chamado cálculo, que em latim quer dizer contas com pedras. Foi contando objetos com outros objetos que a humanidade começou a construir a ideia de número.

Para o homem primitivo o número cinco, por exemplo, sempre estaria ligado a alguma coisa concreta: cinco dedos, cinco peixes, cinco bastões, cinco animais, e assim por diante. A ideia de contagem estava relacionada com os dedos da mão. Assim, ao contar as ovelhas, o pastor separava as pedras em grupos de cinco. Do mesmo modo os caçadores contavam os animais abatidos, traçando riscos na madeira, ossos ou fazendo nós em uma corda, também de cinco em cinco.

Por isso, não tenha vergonha de contar nos dedos. O homem só chegou ao sucesso nos cálculos quando passou a usar os dedos para contar."

Interessante, não?

21 fevereiro 2022

A importância do laço entre professor e aluno

 Se olharmos para o nosso passado, diversas vezes nos encontramos sozinhos. Na maioria delas, não pela falta física, mas pela ausência através de sentimentos. 


 Um olhar desanimado, sem brilho ou "avoado", palavras com pouca expressividade, agressividade ou inatividade extrema, enfim, mudanças bruscas no comportamento que afirmam: algo não está bem.

 Como professores temos nossa rotina muito agitada e, por vezes, não percebemos os sinais dessa "ausência" em nossos alunos.

 Fui lembrado a algumas semanas sobre isso. Um aluno que, se não observado com carinho, passava despercebido entre os demais.

 E foi exatamente isso que aconteceu. 

 Passou por problemas, tempestades em seus sentimentos e
ideias, coisas que sua pouca maturidade não conseguiu alcançar, e tudo isso de forma negligente aos olhos desatentos. 

 Quem sabe com um pouco mais de interação, um olhar individual, um questionamento sobre seu dia. 

 Ou até, quem sabe, um bom dia especial... 

 Não há necessidade em criar uma "amizade". Arrisco-me a afirmar que professor e alunos não deve jamais haver essa combinação, porém, deixar com que um jovem se aproxime estabeleça uma relação de confiança muda tudo!

 Isso se caracteriza numa proximidade entre todos os envolvidos na aula. E faz muita diferença. 

 Para qualquer um de nós, ser notado por alguém torna nosso dia e vida muito mais interessante. Nosso coração se enche de energia quando percebemos uma demonstração de carinho.

 Inclusive aos alunos que não aparentam problemas pessoais, nem demonstram carência percebem que é muito mais fácil aprender quando está próximo! 

 E melhor ainda, sempre é mais fácil aprender quando gostamos de quem está à nossa volta, e se for o professor, figura mais importante naquele ambiente, fica tudo melhor ainda!

09 fevereiro 2022

A importância dos combinados de sala! Ação simples e eficiente!

 Então, existe algo que seja mais importante do que preparar
e relacionar materiais para nossas aulas?
Sim, existe! São os combinados entre a turma e o professor! 

 Como dizem, não podemos jogar nenhum jogo sem antes conhecer as regras, e elas devem ser bem claras. Em sala de aula acontece a mesma coisa.

 E é importantíssimo que tudo fique claro! 

 Desde o que não se pode fazer, passando pelas formas de avaliação até chegar nas condições negociáveis, como prazos para trabalhos. Regras de boas maneiras como tratar bem seus colegas e professores, incentivos dados a essas boas práticas, até uma simples ação como portar uma garrafa de água durante a aula, tudo explicado aos mínimos detalhe.

 E não é apenas na educação infantil, os combinados devem ser bem claros em todas as etapas do ensino, até quando se trata de adolescentes e adultos!

 Eu não dava importância para essa etapa até que passei a experimentá-la.

 Deixar tudo claro desde o princípio faz com que o aluno compreenda o que está em jogo e, principalmente o que o fará "perder pontos" nele.

 Quando não há uma explicação prévia, ou ela é insuficiente, a cobrança se torna ilógica, pois o aluno não conhece seus limites, bem como o que será levado em consideração em casa dia letivo.

 Os enfrentamentos também se tornam muito mais raros e muito menos significativos, uma vez que o aluno consegue reconhecer o que há de errado em seu ato.

 Com o tempo os próprios alunos se tornam cobradores desses combinados, levando ao professor questionamentos sobre suas práticas e métodos.

 E isso se torna um vínculo muito forte entre aluno e professor. 

 Mas não pense que é apenas no começo das aulas, no início do ano letivo, que tudo deve ficar claro. A todo momento eles devem ser lembrados e, se houver um desentendimento, as regras devem ser revisadas. Uma assembléia em sala de aula se torna muito útil nesse momento!

 Isso torna tudo mais claro, lógico e, principalmente, mais fácil de manter uma rotina em sala de aula.

 Se ainda não tentou, tente!

 Dou a minha palavra que tudo ficará mais fácil!

DESPEDIDA DA PIM ANDRÉIA - LACY FLORES 2023

           O mundo se transforma cada vez mais rápido e a capacidade de acompanhar essas mudanças varia conforme o desejo, disposição e os...