A importância do laço entre professor e aluno

 Se olharmos para o nosso passado, diversas vezes nos encontramos sozinhos. Na maioria delas, não pela falta física, mas pela ausência através de sentimentos. 

 Um olhar desanimado, sem brilho ou "avoado", palavras com pouca expressividade, agressividade ou inatividade extrema, enfim, mudanças bruscas no comportamento que afirmam: algo não está bem.

 Como professores temos nossa rotina muito agitada e, por vezes, não percebemos os sinais dessa "ausência" em nossos alunos.

 Fui lembrado a algumas semanas sobre isso. Um aluno que, se não observado com carinho, passava despercebido entre os demais.

 E foi exatamente isso que aconteceu. 

 Passou por problemas, tempestades em seus sentimentos e
ideias, coisas que sua pouca maturidade não conseguiu alcançar, e tudo isso de forma negligente aos olhos desatentos. 

 Quem sabe com um pouco mais de interação, um olhar individual, um questionamento sobre seu dia. 

 Ou até, quem sabe, um bom dia especial... 

 Não há necessidade em criar uma "amizade". Arrisco-me a afirmar que professor e alunos não deve jamais haver essa combinação, porém, deixar com que um jovem se aproxime estabeleça uma relação de confiança muda tudo!

 Isso se caracteriza numa proximidade entre todos os envolvidos na aula. E faz muita diferença. 

 Para qualquer um de nós, ser notado por alguém torna nosso dia e vida muito mais interessante. Nosso coração se enche de energia quando percebemos uma demonstração de carinho.

 Inclusive aos alunos que não aparentam problemas pessoais, nem demonstram carência percebem que é muito mais fácil aprender quando está próximo! 

 E melhor ainda, sempre é mais fácil aprender quando gostamos de quem está à nossa volta, e se for o professor, figura mais importante naquele ambiente, fica tudo melhor ainda!

A importância dos combinados de sala! Ação simples e eficiente!

 Então, existe algo que seja mais importante do que preparar
e relacionar materiais para nossas aulas? Sim, existe! São os combinados entre a turma e o professor! 

 Como dizem, não podemos jogar nenhum jogo sem antes conhecer as regras, e elas devem ser bem claras. Em sala de aula acontece a mesma coisa.

 E é importantíssimo que tudo fique claro! 

 Desde o que não se pode fazer, passando pelas formas de avaliação até chegar nas condições negociáveis, como prazos para trabalhos. Regras de boas maneiras como tratar bem seus colegas e professores, incentivos dados a essas boas práticas, até uma simples ação como portar uma garrafa de água durante a aula, tudo explicado aos mínimos detalhe.

 E não é apenas na educação infantil, os combinados devem ser bem claros em todas as etapas do ensino, até quando se trata de adolescentes e adultos!

 Eu não dava importância para essa etapa até que passei a experimentá-la.

 Deixar tudo claro desde o princípio faz com que o aluno compreenda o que está em jogo e, principalmente o que o fará "perder pontos" nele.

 Quando não há uma explicação prévia, ou ela é insuficiente, a cobrança se torna ilógica, pois o aluno não conhece seus limites, bem como o que será levado em consideração em casa dia letivo.

 Os enfrentamentos também se tornam muito mais raros e muito menos significativos, uma vez que o aluno consegue reconhecer o que há de errado em seu ato.

 Com o tempo os próprios alunos se tornam cobradores desses combinados, levando ao professor questionamentos sobre suas práticas e métodos.

 E isso se torna um vínculo muito forte entre aluno e professor. 

 Mas não pense que é apenas no começo das aulas, no início do ano letivo, que tudo deve ficar claro. A todo momento eles devem ser lembrados e, se houver um desentendimento, as regras devem ser revisadas. Uma assembléia em sala de aula se torna muito útil nesse momento!

 Isso torna tudo mais claro, lógico e, principalmente, mais fácil de manter uma rotina em sala de aula.

 Se ainda não tentou, tente!

 Dou a minha palavra que tudo ficará mais fácil!

O que é uma escola afinal?

 

O que é uma escola afinal?

 

Não apenas paredes, telhado, portas, janelas. Muito menos carteiras cadeiras, quadro e materiais. 

Escola é vida!

Para a maioria das pessoas é o primeiro contato com as diversidades e culturas. 

Ficou meio piegas né.

Então, é verdade!

 A escola não é apenas papel de ensino e compartilhar conhecimento. Não apenas de prestar atenção ao professor e tirar as suas dúvidas.

Aliás, fui lembrado esses tempos em uma das redes sociais que não ensinamos muito sobre vivência bancária por exemplo ou orçamento doméstico. Realmente um erro por parte do currículo. Mas a ideia é pluralizar o desenvolvimento social (chique né “pluralizar”).

Um segredo: O currículo é o cara de menor importância. Quem sabe tenha menor relevância do que uma festa junina, por exemplo. Qual razão? A festa Junina ensina trabalho em equipe, necessidade de cooperação, organização e empreendedorismo. Tudo isso? Sim, tudo isso e muito mais.

As festas e eventos da escola não apenas servem para auxiliar financeiramente. Elas
são essenciais para o ensino de diversos conteúdos que não estão no currículo, mas que a vida vai cobrar a compreensão.

Sabe os representantes de classe, aqueles que tem algumas responsabilidades na escola e é colocado diante do seu senso de liderança ou as vezes para despertar esse crédito. Mais uma lição que a escola ensina, sem que esteja oficialmente no currículo.

Existem crianças e adolescentes que recebem cuidado e atenção na escola, que em casa não teriam. Outra lição aprendida na escola.

Interessante? 

Não, Incrível!

Volta as aulas - O primeiro dia na escola (entre professores)!

  Volta as aulas é um assunto muito empolgante. Estamos tristes, com certeza. Deixar de aproveitar a folga é algo tão desanimador que torna o último dia de férias totalmente deprimente. Porém algo faz tudo valer a pena, o reencontro com pessoas amadas!

 

Da mesma forma que o alunos em seu primeiro dia ficam eufóricos, nós professores também sentimos essa mesma alegria.

 O reencontro com colegas que a muito não vemos, a possibilidade de conversar, de contar as novidades, de poder compartilhar experiências, afinal de contas são quase dois meses afastados...

 Mas e o grupo de whats? Não se viram nesse meio tempo?

 Sim, sim. Entretanto o contato físico e pessoal faz toda a diferença!

 Aquele brilho no olhar do colega enquanto contamos a última fofoca é algo encantador. O poder de ouvir algo super engraçado e dar uma boa gargalhada é fenomenal!

 Aquele colega que "diz" que fez regima, mas duvidamos muito. O que veio mais bronzeado que qualquer outro. Tem aquele que estava numa eterna lua de mel, postando todos os segundos de suas férias ao lado da pessoa amada. Tudo vira assunto.

 Difícil é conseguir total atenção do povo. Realmente o resgate e relato do tempo de férias leva tempo
para acontecer, algo que se estende pelas palestras, pautas, trabalhos e seminários do dia. Nada será tão importante quanto bater aquele papo gostoso.

 E, sim, até a parte séria do retorno se torna motivo. Sempre há o "sabe-tudo", que responde e questiona a cada segundo, até os recados "paroquiais". Puxões de orelha misturados a frases filosóficas. Inclusive, esses recados dão o que falar pois são, geralmente, pronunciados pela direção e sempre são concluídos em pensamento pelos professores. 

 - Eita! Começou cedo!

 

Mas tudo isso é relevado no melhor dos momentos em toda reunião: o café!

 Sempre tem o café. Quando não tem, como bons professores, nos organizamos para providenciar.

 Café tem que ter! Faz parte da essência do educador.

 Acho que até o Paulo Freire escreveu sobre isso, ou talvez Montessori.

 Enfim, o retorno dos professores é, sempre foi e sempre será, o evento mais incrível e controverso do ano.

 Muito esperado, mas não tanto quanto o último dia letivo do ano!